Diz se a pesar de tudo queres ter-me
com estas sobras com que a vida abrigo,
que ainda assim me adoras sem perigo
de optares por dinheiro ou bens perder-me.
Diz-me se quando eu peça em sonhos ver-me
não terei a tua recusa ou o teu castigo
porque não estou certa no que digo
porque não estás certo em entender-me.
Diz se vieste aqui, por mim, contente,
onde de quando em quando choro um rio,
devido à lã que fia a minha sorte.
Diz-me inclusive, com aberta mente,
ainda na doença, medo ou frio,
se com amor persegues-me na morte.
Osfelip Bazant
Revê a versão deste soneto em espanhol "Dime"
Nota: podes trocar "certa" por "certo", e vice-versa "certo" por "certa", nos versos 7 e 8.
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